Ao contrário do que possa pensar, um Seguro de Vida não é um produto muito complicado, nem sequer requer tantos conhecimentos como, por exemplo, os Seguros de Investimento e Poupança.
Ainda assim, é importante conhecer alguns conceitos básicos e, principalmente saber analisar a sua situação pessoal para poder encontrar a solução que mais lhe convém.
Algumas noções prévias
Antes de começar a procurar informações, é importante conhecer alguns conceitos básicos:
Seguro de vida individual: Um Seguro de Vida Individual tipicamente garante um pagamento em caso de morte ou invalidez (dependendo do tipo de seguro contratado) da pessoa cujos riscos se encontram cobertos pela apólice.
Tomador do seguro: É a pessoa que contrata o seguro propriamente dito e, é responsável pelo pagamento do prémio correspondente.
Pessoa segura: É a pessoa cujos riscos se encontram cobertos pelo contrato.
Beneficiário: É a pessoa que, como o nome indica, irá receber o valor pago pela seguradora em caso de sinistro, previsto na apólice do seguro contratado.
Capital seguro: É a quantia máxima que será paga pela seguradora em caso de sinistro previsto nas Condições Particulares da apólice de um Seguro de Vida.
Dentro das opções disponibilizadas por cada Seguradora, é frequente que o valor do capital seguro seja definido pelo próprio tomador da apólice, já que diz respeito ao valor que será pago aos beneficiários – tipicamente herdeiros - em caso de morte (ou invalidez, dependendo do tipo de seguro contratado) e, que pode variar em função da situação pessoal de quem o contrata.
Por isso, é lógico que, na maior parte das vezes, quanto mais elevada a opção de Capital Seguro, mais caro será o prémio do seguro.
Quando tomada a decisão de contratar um Seguro de Vida é importante também reflectir sobre “Qual o montante ideal de Capital Seguro que devo contratar?”, da resposta a esta pergunta depende directamente o valor do prémio que pagará todos os anos e, por isso, é importante uma decisão reflectida: se contrata um Capital Seguro alto demais, estará a pagar em excesso todos os anos e, se contrata baixo demais, a cobertura poderá não ser suficiente para fazer face aos imprevistos.
Adiante analisaremos a forma de como tomar uma boa decisão.
Prémio: É o valor que o tomador pagará, anualmente, pelo seguro. E é calculado com base na probabilidade de o sinistro coberto ocorrer durante a vigência do seguro. Num seguro deste tipo, e aquando o momento da contratação, este montante varia em função:
Do Capital Seguro que, como dito anteriormente, traduz o valor que será pago em caso de sinistro.
Da Idade da Pessoa Segura. Quanto mais velho for a Pessoa Segura, mais elevado será o Prémio do Seguro, já que o risco associado à probabilidade de falecer aumenta, também, em função da idade.
Das Condições de Saúde da Pessoa Segura já que terá impactos directos no risco assumido pela Seguradora. Para uma Seguradora o risco de ocorrência de um sinistro de uma pessoa saudável é inferior ao de uma que fume, ou já tenha sofrido um enfarte, por exemplo.
E, de outros factores como a prática de alguns desportos ou o exercício de determinadas profissões consideradas de risco elevado e que, consequentemente, aumentam a probabilidade de falecimento e, como tal, influenciam o valor que se pagará por proteger uma determinada Pessoa.
Coberturas: As coberturas de uma apólice de seguro dizem respeito ao tipo de riscos cobertos pela mesma. Num Seguro de Vida, a cobertura principal é o falecimento, o que significa que os beneficiários recebem o montante do Capital seguro, em caso de morte da Pessoa Segura, nos termos das condições contratuais.
Frequentemente, neste tipo de seguros, podem ser contratadas coberturas adicionais como a Incapacidade Total e Permanente (ITP) que, na maior parte dos casos, garante o pagamento do Capital Seguro mesmo que não ocorra o falecimento da Pessoa Segura mas que, como resultado de doença ou acidente, a sua capacidade de exercer qualquer profissão compatível com os seus conhecimentos e aptidões, seja afectada de forma total e definitiva. Importa analisar com atenção as condições contratuais para verificar os termos e condições de cada cobertura, e como a mesma se encontra definida, pois poderá variar.
Em suma, o prémio do seguro também varia em função das coberturas contratadas – que quanto mais abrangentes forem mais elevado será – em consequência da probabilidade de que ocorra um sinistro coberto pela mesma. Portanto, é necessário selecionar as opções mais adequadas ao seu perfil e possibilidades financeiras. De nada serve um seguro que cubra toda e qualquer situação, se depois não existe a possibilidade de mante-lo devido ao elevado custo que representa, ou se cobre riscos para os quais a Pessoa Segura não está sujeita.
Selecionar o seguro ideal. Qual a melhor opção para si?
Existem também Seguros de Vida específicos para o Crédito Habitação, cuja diferença principal é que o beneficiário – nestes casos – é a própria Entidade Mutuante que detém o crédito e que resulta, muitas vezes, de requisitos da própria entidade, como condição para acesso ao empréstimo.
A contratação de um Seguro de Vida não é habitualmente indicado a todo o tipo de pessoas já que, por definição, este tipo de seguro serve para proteger os familiares, do problema económico que pode significar o falecimento de uma pessoa. Por isso, a recomendação é que que o seguro de vida seja contratado por qualquer pessoa que tenha dependentes financeiros e que queira ter uma vida mais tranquila.
Desta forma, a escolha do Seguro de Vida ideal, deve resultar de um processo de análise cauteloso à sua situação pessoal.
Uma pergunta que poderá servir de ponto de partida a esta análise seria “Actualmente, qual é o peso das despesas mínimas mensais que necessita o meu agregado familiar e, qual a diferença que ficaria no caso de diminuição dos rendimentos proporcionados por mim?”
Imagine o exemplo de uma situação familiar de rendimentos provenientes de duas cabeças, onde cada um contribui com cerca de 1.000€. No caso de falecer uma delas, os rendimentos serão reduzidos a metade. Imagine também que neste agregado familiar existem filhos, hipoteca e, um trabalhador por conta própria. A redução dos rendimentos a metade poderia traduzir um problema financeiro complicado.
Os Seguros de Vida existem precisamente para colmatar este tipo de eventualidades, já que permitem a tranquilidade de uma solução financeira por um determinado período de tempo, que pode ser mais ou menos prolongado.
Desta forma, o primeiro passo é conhecer os rendimentos do agregado, provenientes da capacidade de trabalho e/ou outro tipo de rendimentos (por exemplo, património), os gastos básicos e supérfluos e, fazer uma estimativa de quanto tempo seria necessário garantir essa estabilidade financeira, no caso de que ocorresse uma fatalidade.
Para facilitar-lhe este tipo de análise pessoal, criámos uma ferramenta online que poderá dar-lhe uma orientação sobre como calcular o capital adequado ao seu caso.
A título orientativo, poderá pensar qual o montante líquido anual de cada elemento do agregado familiar, o montante de empréstimos em vigor e, considerar um período de 3 a 5 anos para permitir um conforto financeiro ao cônjuge sobrevivido e eventuais dependentes existentes.
Ou, em alternativa, fazer o cálculo contrário: “Se disponho de 20€ por mês para um seguro deste tipo, qual o capital seguro que poderia eventualmente subscrever?”
Para este caso, também disponibilizamos uma ferramenta de cálculo que lhe dirá qual o capital que poderia proteger em função do valor mensal que tem disponível.
Escolha apenas as coberturas indicadas para o seu caso pessoal. Saiba que se optar por coberturas excessivas estará apenas a contribuir para o aumento do prémio e, a aumentar a probabilidade de não as poder pagar no futuro.
Se já conhece o Capital ideal a assegurar, poderá ainda decidir quais as coberturas mais indicadas para o seu caso. Também este é um tema pessoal e, que deve ser decidido em função das suas preocupações e, do que o faria sentir mais tranquilo. De qualquer forma, como dito anteriormente, um seguro de vida faz sentido quando nos protege por um certo período temporal e, por isso, a relação entre custo/benefício deve ser tida em conta. Subscrever muitas coberturas e ter dificuldade em pagá-las, traduzir-se-á em perder dinheiro.
O preço do seguro: pagar mais ou menos?
Uma vez eleito o valor de capital que nos interessa cobrir e as coberturas mais adequadas, é altura de começar a procurar e, a comparar os preços de seguros entre várias seguradoras.
Sendo certo que existe uma grande oferta de opções e a preços muito variados, é fácil sentir-se perdido. Qual é o melhor? A opção de escolher um seguro barato é pior do que escolher um caro?
Por isso, em primeiro lugar devemos confirmar que as coberturas e capitais são aqueles que procuramos já que, os seguros muito baratos, muitas vezes, simplesmente protegem capitais menores e/ou tem menos coberturas.
A subscrição de um seguro, tipicamente, deve gerar-nos confiança. É importante estar convencido de que a empresa que nos irá proteger é, efectivamente, capaz de o fazer. As seguradoras multinacionais geralmente oferecem uma boa garantia e segurança e, as mais pequenas, ou recentemente criadas, oferecem preços mais competitivos com o intuito de captar clientes.
Também é importante ter em conta o processo de subscrição da seguradora eleita, já que poderão haver casos em que, de acordo com as informações prestadas pela Pessoa Segura, o seu estado de saúde obriga a uma análise de risco mais detalhada. Por isso, contar com uma seguradora que facilite este processo e ajude com a gestão do mesmo, pode evitar complicações e perdas de tempo.
Em suma, devemos recordar que por vezes o barato sai caro e, que caro nem sempre significa o melhor. O importante, como em quase tudo o que adquirimos, é encontrar uma solução que cubra as nossas necessidades, que nos transmita confiança e que corresponda às nossas espectativas, tanto em preço como em serviço.
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