O coronavírus e as suas consequências estão a cobrar um preço elevado à nossa sociedade de formas muito diversas: a nível pessoal, sem dúvida, com milhões de pessoas contagiadas e que perderam a vida em todo o mundo, assim como a nível da saúde e da assistência sanitária. E também da economia.
Em relação às consequências económicas do coronavírus, as restrições no movimento e nas atividades habituais representaram um rude golpe para muitos setores e negócios, que viram os seus rendimentos reduzidos ou suspensos. E isto tem consequências diretas nas famílias europeias.
Desde o início deste ano que a economia se encontra entre as principais preocupações das famílias, e a reação a esta preocupação viu-se refletida no aforro. De facto, e desta vez segundo estimativas do Eurostat, a taxa de aforro das famílias aumentou em quase todos os Estados-Membros durante o segundo trimestre deste ano. O Centro de Estatística Europeu destaca que a Portugal (9,6 pontos percentuais), juntamente com a Irlanda, se encontra entre os países do bloco europeu nos quais se verificou a maior quantidade de aforros.
Além do aforro, a segunda coluna que salvaguarda as economias das famílias é a implementação de uma gestão adequada das despesas familiares. Para esse efeito, recuperamos um decálogo cuja finalidade principal é ajudar as famílias a melhor gerirem o seu orçamento e a prevenir eventuais problemas com pagamentos. Foi elaborado pelo setor segurador, através do projeto «Estamos Seguros», da patronal de seguros espanhola Unespa:
1 - As despesas em primeiro lugar
As necessidades estão antes dos caprichos. No momento de pedir empréstimos, também se deve orientar por esta máxima.
2 - Disponha de dinheiro para imprevistos
Tanto quanto possível, é necessário reservar algumas poupanças para poder fazer face a imprevistos.
3 - Controle os créditos
Deve evitar que os créditos que paga ultrapassem em quantidade as suas despesas comuns.
4 - Controle as dívidas excessivas
Mesmo que tenha capacidade de endividamento, procure não abusar dos créditos.
5 - Proteja os seus pagamentos
Pense num plano «B» para poder fazer face às suas despesas correntes, no caso de os seus rendimentos diminuírem (em caso de desemprego, por exemplo). Pode destinar as suas poupanças para esse efeito ou recorrer a soluções de seguradoras, como os seguros de vida.
6 - Partilhe a sua situação
Tanto os familiares como as suas pessoas da sua confiança devem conhecer o estado das suas finanças, bem como os seus compromissos de pagamento.
7 - Pronto pagamento, sempre que for possível
Tanto quanto possível, pague o mais depressa possível, para amortizar as suas dívidas
8 - Leve uma vida saudável
Cuide da sua saúde: pratique exercício, adote uma dieta equilibrada e faça exames médicos anuais.
9 - Também: saúde no trabalho
Limite e gira o stress e respeite as normas de riscos laborais.
10 - Disponha do seguro
Não hesite em consultar o seu mediador de seguros ou a sua companhia de seguros de vida de confiança: irão informá-lo dos produtos seguradores que o poderão ajudar a gerir a sua economia e a reduzir os riscos financeiros da sua família.